FAQs
Perguntas frequentes

O festival é organizado pela Rewilding Portugal, uma organização privada sem fins lucrativos, com sede na Guarda, e que tem a missão de promover a conservação da natureza por meio de medidas de rewilding em Portugal, principalmente na região do Grande Vale do Côa, onde se localizam as suas áreas rewilding. Esta é uma região onde existem oportunidades para trazer a natureza de volta e para melhorar as condições deste importante corredor de vida selvagem para muitas espécies. O reforço deste corredor pode ainda ter um papel fundamental na recuperação de espécies com ameaçadas, como o abutre-preto e o lobo-ibérico. A Rewilding Portugal faz ainda parte de uma rede europeia de áreas rewilding, coordenada pela Rewilding Europe, que conta já com nove áreas rewilding por toda a Europa, com a missão de tornar a Europa um lugar mais selvagem.

Este festival está enquadrado dentro do projeto Promover a renaturalização do Grande Vale do Côa, apoiado pelo programa Endangered Labdscapes Programme (ELP) está a ser coordenado pela Rewilding Europe em parceria com a Rewilding Portugal, Zoo Logical, Universide de Aveiro e Associação Transumância e Natureza. O festival Côa – Corredor das Artes faz parte deste projeto. O Endangered Landscapes Programme é gerido pela Cambridge Conservation Initiative e financiado pela Arcadia, um fundo de caridade de Peter Baldwin e Lisbet Rausing.

O Festival Côa – Corredor das Artes celebra a herança cultural do Vale do Côa, que existe desde a pré-história, quando as pessoas começaram a gravar em rocha pela primeira vez as criaturas que viviam nesta região. Essas gravuras, de auroques, cavalos e outros animais selvagens ilustram a admiração humana pela natureza. O Grande Vale do Côa é um corredor de vida selvagem, que desde então até hoje mantém o seu apelo como um sítio rico em biodiversidade e paisagens diversas. O Vale do Côa é um corredor que se estende através dos tempos, em que muitas eras se cruzam, onde geração após geração partilha a sua expressão artística para a posterioridade. As gravuras são hoje a expressão desses sentimentos, fluxos, movimentos, num ambiente de constante mudança.
Este festival, que terá a sua primeira edição no verão de 2023, procura criar pontes entre artistas e comunidades neste ambiente natural, para assim cocriarem obras de arte que integração a própria paisagem. Usando materiais naturais , respeitando o seu decaimento natural, serão integradas naturalmente no processo de evolução da paisagem. Um evento em formato móvel, que vai percorrer o Vale do Côa ao longo de vários fins-de-semana consecutivos, com programação artística e científica que o irá acompanhar ao longo de toda a duração do festival. Um verdadeiro museu de arte contemporânea ao ar livre e ao longo do Grande Vale do Côa, para ser visitado em ritmo lento e respeitoso com os ritmos da natureza, adaptado também à era digital para lhe transmitir uma experiência imersiva e selvagem, mas adaptada a esta nova realidade, com as portas abertas para o mundo.

O festival vai ter vários workshops e outras atividades lúdicas ao longo das semanas em que o mesmo decorre, assim como nos fins-de-semanas em que o evento acontece. Aos fins-de-semana existirá um recinto na sede de concelho onde o festival estiver a passar, com mostra de produtos regionais e locais, música, teatro e outras artes performativas.

O festival CÔA vai acontecer durante quatro a cinco fins-de-semana, no Verão de 2023, ainda com datas a anunciar, e ainda com atividades lúdicas e workshops durante o período da semana entre esses fins-de-semana.

As entradas no recinto do festival durante os fins-de-semana serão totalmente gratuitas. Os workshops e atividades lúdicas terão um custo associado e os bilhetes serão vendidos no website do festival brevemente, quando for anunciada a programação final.

Está previsto o lançamento de todo o programa e das datas finais do festival durante o mês de janeiro de 2023.